De você para você
- Rebeca Rihensa
- 4 de mai. de 2017
- 2 min de leitura
Imagino que todos já escreveram aquela carta...

Carta essa que é escrita em uma folha já feita para ser arrancada. Escrita para si mesmo, para rasgá-la em mil pedaços de modo que nem você possa lê-la outra vez.
Repleta de sentimentos sinceros, pensamentos que se concretizaram em um pedaço secreto de papel. Não é pra ninguém é só para você.
Mesmo que direcionada e com endereço e remetente, ela na verdade é só sua. Mesmo que seja sobre alguém é na verdade só sobre você, como você vê o mundo. Como você se sentiu naquela situação.
Essas cartas não são apenas palavras escritas e sim sentimentos presos, palavras que nunca serão ditas em voz alta, um desabafo no papel.
O que você não disse para sua melhor amiga, o que você não demonstrou para quem devia. Aquela carta é só sua de você para você e para ninguém mais.
Embora ela te pertença, ela é tão sua, que é melhor rasgá-la em mil pedaços e queima-la do que pensar na possibilidade de compartilha-la com alguém.
Não é egoísmo, é zelo. É a seleção do que deve ser compartilhado com as pessoas. É zelo pelo que é teu, e aquela carta é só sua.
Você sempre vai lembrar do que sentiu. O importante não é guardar, é desabafar com seu amigo papel e deixar ele te explicar o que você sente, enquanto lê sua carta pela primeira e última vez.
Antes de joga-la fora, você a materializa por alguns segundos. Como se ela fosse uma amiga que acabou de ouvir seus mais profundos sentimentos. Então você a “abraça” e agradece por ter feito você compreender a si mesma. Ver você de uma forma que o espelho não mostra, mas aquela carta mostrou.
Obrigado carta, até uma próxima.

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